“ Mônica se olhou no espelho pela ultima vez, checou a roupa, o cabelo e a pasta em que levava seu currículo profissional. Estava tudo em ordem e ela parecia apresentável para uma entrevista de trabalho. Mônica era uma entre tantos jovens que procurava seu lugar no mercado de trabalho, havia saído do seu antigo emprego e agora tentaria uma vaga como vendedora em uma loja de departamento. No caminho até sua entrevista pensou em várias coisas enquanto olhava a paisagem. Chegou ao seu destino, sentiu seu coração bater mais rápido. Entrou timidamente na sala em que uma mulher a aguardava. A mulher olhou-a de todos os ângulos possíveis até que Mônica se sentasse na cadeira como havia sugerido. Apresentaram-se e a mulher passou rapidamente os olhos no currículo de Mônica e depois de uma pausa comentou:
-“Vejo que você tem um bom currículo, mas infelizmente você não se encaixa ao perfil de nossa empresa”.
Novamente o coração de Mônica disparou, mais uma vez não a aceitaram. Dessa vez a mulher havia sido direta e não fez falsas promessas de ligar no futuro. A jovem um tanto quanto arrasada percorreu lentamente os corredores da loja de departamento até que parou diante do espelho. Olhando seu reflexo, ela entendeu o que “não se encaixa no perfil de nossa empresa” significava. Sua amiga que não tinha curso de informática, nem estava cursando faculdade havia arrumado um emprego naquela mesma loja havia uma semana. E sabe o que a amiga de Mônica e as demais vendedoras da loja tinham de diferente de Mônica? “O fato de serem magras”.”
Embora a Mônica não exista, a situação que ela vive é bem real. Conheço vários casos de pessoas que são “discriminadas” por estarem acima do peso. Uso o termo “discriminadas”, pois é o termo que melhor se adapta a situação.
Andando por ai e vendo TV percebi uma coisa, nossa população está engordando. Talvez tal fato possa ser explicado pelo padrão de vida imposto pela “Sociedade Moderna”. Trabalhamos e/ou estudamos fora o dia todo, somos sedentários, nossa alimentação é um lixo e vivemos em constante “stress”. Muitas vezes não temos tempo ou não podemos almoçar e jantar em casa e acabamos fazendo nossas refeições na rua.
E o que acontece???
Vemos-nos encurralados a comer o que nós é oferecido e na maioria das vez optamos pela tão famosa “Fast Food”, que nada mais é que uma bomba calórica e pouco nutritiva. E mesmo quando estamos em casa somos bombardeados por bebidas e alimentos cheios de conservantes, açucares e gorduras. E o resultado de tudo isso é uma população que está engordando e que terá problemas sérios no futuro. Embora a saúde seja importante o assunto hoje é outro.
-“Vejo que você tem um bom currículo, mas infelizmente você não se encaixa ao perfil de nossa empresa”.
Novamente o coração de Mônica disparou, mais uma vez não a aceitaram. Dessa vez a mulher havia sido direta e não fez falsas promessas de ligar no futuro. A jovem um tanto quanto arrasada percorreu lentamente os corredores da loja de departamento até que parou diante do espelho. Olhando seu reflexo, ela entendeu o que “não se encaixa no perfil de nossa empresa” significava. Sua amiga que não tinha curso de informática, nem estava cursando faculdade havia arrumado um emprego naquela mesma loja havia uma semana. E sabe o que a amiga de Mônica e as demais vendedoras da loja tinham de diferente de Mônica? “O fato de serem magras”.”
Embora a Mônica não exista, a situação que ela vive é bem real. Conheço vários casos de pessoas que são “discriminadas” por estarem acima do peso. Uso o termo “discriminadas”, pois é o termo que melhor se adapta a situação.
Andando por ai e vendo TV percebi uma coisa, nossa população está engordando. Talvez tal fato possa ser explicado pelo padrão de vida imposto pela “Sociedade Moderna”. Trabalhamos e/ou estudamos fora o dia todo, somos sedentários, nossa alimentação é um lixo e vivemos em constante “stress”. Muitas vezes não temos tempo ou não podemos almoçar e jantar em casa e acabamos fazendo nossas refeições na rua.
E o que acontece???
Vemos-nos encurralados a comer o que nós é oferecido e na maioria das vez optamos pela tão famosa “Fast Food”, que nada mais é que uma bomba calórica e pouco nutritiva. E mesmo quando estamos em casa somos bombardeados por bebidas e alimentos cheios de conservantes, açucares e gorduras. E o resultado de tudo isso é uma população que está engordando e que terá problemas sérios no futuro. Embora a saúde seja importante o assunto hoje é outro.
Nossa sociedade adora criar padrões para as coisas, inclusive um padrão para beleza. Se você acha que eu estou viajando, olhe a sua volta. Vamos começar por algo simples, a TV. Você já viu algum protagonista de novela acima do peso?? E em comerciais?? Inexplicavelmente pessoas acima do peso são associadas com humor e é a vertente em que aparecem em novelas, comercias, seriados e afins. Ainda não estão convencidos...pois bem vamos aos exemplos. A nova propaganda da Varicell é um bom exemplo. E vocês já viram a atriz Claúdia Jimenez interpretar algum personagem dramático?
Algo que merece ser comentado é o ramo da moda. Inicialmente, as modelos são magérrimas e depois é um sacrifício encontrar roupas maiores e quando encontramos não há variedade de cor e nem de modelo. Mas essa é só a ponta do iceberg. Nossas cidades não estão projetas para pessoas que necessitem de nenhum tipo de suporte especial. Falando especificamente de Goiânia, quantos anos se passaram e só esse ano temos ônibus com assentos reservados e adaptados para obesos, que eu considero uma condição mínima de conforto. Já vi várias pessoas passando por situações embaraçosas por não termos uma cidade adaptada. Esses dias vi em um jornal local uma senhora que não pode fazer uma tomografia, pois segundo a administração do hospital os aparelhos não são adaptados a obesos. E frequentemente a mídia noticia casos de indivíduos com obesidade seja ela patológica ou não, com dificuldades em viver por não termos estrutura.
Histórias iguais a de Mônica acontecem todos os dias. Pessoas que estão acima do peso muitas vezes têm dificuldade em encontrar emprego. Na teoria somos todos iguais, mas na prática não funciona assim. Certos ramos de serviços exigem boa aparência e essa muitas vezes vale mais do que a formação acadêmica e moral de uma pessoa.
O padrão de beleza que a sociedade impõe está tão acorrentado a nós que o que eles chamam de “indústria da beleza” cresceu assustadoramente. Nunca se fez tantas cirurgias plásticas com o objetivo de reduzir o peso. Muitas vezes sem condições de pagar um bom lugar recorre-se a clinicas sem as mínimas condições de higiene e não se tomam as medidas necessárias. E o que acontece?? Muita gente morre, como vários casos que vemos todos os dias por ai. Fora as dietas malucas e o uso indiscriminado de medicamentos. O Brasil é o 3º maior consumidor de anfetaminas (remédio para emagrecer que diminui a fome) do mundo. É compreensível que as pessoas queiram cuidar do corpo, mas é compreensível até o limite que afete a saúde. Não adianta nada fazer dietas loucas, tomar medicamentos indiscriminadamente e ter uma bela anemia ou um problema de estomago.
Algo que merece ser comentado é o ramo da moda. Inicialmente, as modelos são magérrimas e depois é um sacrifício encontrar roupas maiores e quando encontramos não há variedade de cor e nem de modelo. Mas essa é só a ponta do iceberg. Nossas cidades não estão projetas para pessoas que necessitem de nenhum tipo de suporte especial. Falando especificamente de Goiânia, quantos anos se passaram e só esse ano temos ônibus com assentos reservados e adaptados para obesos, que eu considero uma condição mínima de conforto. Já vi várias pessoas passando por situações embaraçosas por não termos uma cidade adaptada. Esses dias vi em um jornal local uma senhora que não pode fazer uma tomografia, pois segundo a administração do hospital os aparelhos não são adaptados a obesos. E frequentemente a mídia noticia casos de indivíduos com obesidade seja ela patológica ou não, com dificuldades em viver por não termos estrutura.
Histórias iguais a de Mônica acontecem todos os dias. Pessoas que estão acima do peso muitas vezes têm dificuldade em encontrar emprego. Na teoria somos todos iguais, mas na prática não funciona assim. Certos ramos de serviços exigem boa aparência e essa muitas vezes vale mais do que a formação acadêmica e moral de uma pessoa.
O padrão de beleza que a sociedade impõe está tão acorrentado a nós que o que eles chamam de “indústria da beleza” cresceu assustadoramente. Nunca se fez tantas cirurgias plásticas com o objetivo de reduzir o peso. Muitas vezes sem condições de pagar um bom lugar recorre-se a clinicas sem as mínimas condições de higiene e não se tomam as medidas necessárias. E o que acontece?? Muita gente morre, como vários casos que vemos todos os dias por ai. Fora as dietas malucas e o uso indiscriminado de medicamentos. O Brasil é o 3º maior consumidor de anfetaminas (remédio para emagrecer que diminui a fome) do mundo. É compreensível que as pessoas queiram cuidar do corpo, mas é compreensível até o limite que afete a saúde. Não adianta nada fazer dietas loucas, tomar medicamentos indiscriminadamente e ter uma bela anemia ou um problema de estomago.
Essa historia de que mulher bonita é só aquela com corpo violão e magrinha, e que o homem bonito é aquele “sarado” é um padrão imposto tão forte, que tem levado ao que eu chamo de loucura da beleza. Vemos por ai pessoas que passam horas na academia, fazem dietas loucas e tomam medicamentos em nome dessa beleza e acabam se esquecendo de coisas mais importantes como a saúde. Muitas vezes os homens babam quando vêem a tal mulher gostosa e se esquecem da trouxa que lava a cueca deles e que é tão bonita quando a gostosa. O mesmo vale para as mulheres, fazem dieta, tomam uns veneninhos, vivem na academia e no fim acabam de adorno para os playboys.
Eu até entendo que é uma necessidade do ser humano se sentir bem consigo mesmo, mas tem gente que interpreta isso como estar no padrão. Algumas pessoas esquecem de um fato simples, beleza acaba e a gravidade sempre vence no final. Vamos envelhecer e morrer, e talvez um monte de coisas que tenhamos feito aqui em nome da beleza vai ser inútil no cemitério. Nenhuma caveira vai assoviar para você e te chamar de gostosa (o). E lembre-se, não faça piadinhas dos outros, além de ser de mau gosto pode realmente machucar alguém e talvez te faça perder uma pessoa insubstituível na sua vida =).
